Dia 25 de Abril na Povoação


Freguesia de Povoação assinala o dia 25 de Abril com programa cultural e prova de Karting.



Para comemorar o dia 25 de Abril, no concelho da Povoação, realizar-se-á uma série de eventos culturais e desportivos, para os dias 24 e 25 com o considerável apoio da Câmara Municipal da Povoação.

No dia 24, pelas 20:30h, o serão pertencerá à “Noite da Liberdade” no Auditório Municipal. O grupo ”Vozes no Tempo” dará início ao programa dando, depois, continuidade a momentos de poesia proporcionados por alguns professores da Escola Básica e Secundária da Povoação. Para finalizar esta noite, um grupo, composto por professores da Escola Secundária, denominado por “Cantares de Abril” encerrará o programa cultural.

No dia 25, haverá uma parte desportiva que inclui a realização do II Circuito de Karting da Povoação. A prova terá início a partir das 15:00 e terminará por volta das 17:00. Os vencedores serão anunciados depois de apurados os resultados, com entrega de prémios para os três primeiros lugares e medalhas para os restantes.

Bruno Carvalho, João Medeiros e Miriam Miguel

 

O 25 de Abril e opção autonómica (1974-1976)



Com a revolução de 25 de Abril de 1974 iniciou-se nos Açores um período de grande efervescência política. Nos dias imediatos assistiu-se à demissão dos órgãos de governo existentes (Governos Civis) e ao encerramento das sedes da polícia política (a PIDE/DGS) e da Legião Portuguesa. Tais acções foram acompanhadas em Ponta Delgada e em Angra por manifestações populares de alguma dimensão, num misto de expectativa e curiosidade.

Passado o choque inicial, começaram as movimentações das diversas forças políticas nascentes. A primeira a realizar acções com impacto popular, e a mais activa, pronunciando o papel institucional que teria nas duas décadas seguinte, foi o Partido Popular Democrático (PPD). Liderado por João Bosco Soares da Mota Amaral, que à data da revolução era deputado à Assembleia Nacional, o PPD desde logo gozou de forte apoio da Igreja Católica (de longe a maior força social no terreno), posicionando-se rapidamente como o partido do povo rural e das franjas urbanas da classe média e média alta. Os restantes partidos, em particular os da esquerda, tinham as suas estruturas locais assentes sobre a intelectualidade e alguma juventude mais politizada, não conseguindo penetrar facilmente no meio rural.

Para além das questões nacionais e dos problemas da descolonização (existiam importantes colónias açorianas no chamado Ultramar, nomeadamente jorgenses em Angola, para onde tinham ido na sequência do sismo de 1964), as questões referentes ao estatuto autonómico das ilhas rapidamente ganharam primeiro plano.

Trabalho Realizado por:
Sergio Freitas
Fabio Rego
Vitor Amaral